sábado, setembro 15, 2007

Os poemas

QUEM SABE
NÂO SEJA VOCÊ QUE ESPERO


Seguindo os próprios sonhos
Alçando vôos além do esquecimento
Pairando solitário alguns momentos
Gemendo da carência incontida
Sentido a solidão destas noites frias
Vivendo quase uma paixão primordial
Cravando os dentes
nesta cidade inconseqüente
Tramitando no gozo inconfesso
Urrando em um sórdido motel
Rindo de uma ex-amada e seus tolos jogos
Colecionando selos bobos
Hora ébrio e demente
ou quem sabe um mero sábio indolente
Sendo um artista sonhador meramente
ou com dons de lascivo estivador
Sigo assim nesta mutante solidão
a espera do que chamo de amor
Sabendo que na ilusão destas noites frias
quando o luar ilumina o mundo
outros lábios
possam encontrar os meus.
assim caminho
a espera de alguém

ALVORECER  frio alvorecer solidão gélida insônia contumaz sólida sensação de perder ilusão da madrugada  triste alvorecer silencio quebrado sons da manhã enevoado pensamento contando o tempo com lagrimas escorridas  amargo alvorecer desesperando sentimentos gerado no descontentamento do pesadelo acordado grito contido desejo abortado de um sonho calado  desesperante alvorecer matando o amor vidas passadas vazio infinito trilhando antigas pegadas da amante perdida que não está comigo  morre o alvorecer nascido o sol matando a dor secando lagrima a vida não soa assim tão amarga

POESIA DE DOMINGO

 Quando a solidão abate em uma tarde de domingo na lembrança do sorriso que trazia escondido vil o fel da realidade de tristes quimeras insepultas nos rincões do vicio da solidão  mas, na mera lembrança de uma esperança o sorriso volta, e a dor vai embora por hora companheiro de mim mesmo sigo desbravando novas ilusões  sonhos fartos de amores escolhidos indiferente à rejeição da crua realidade do egoísmo do prazer momentâneo que a maioria faz aplacando a fome interior  de diferentes modos busco apenas o amor amor singelo inocente e nada casto amoral em luxuria mas leal em sinceras pretensões  por vezes sou um anjo caído perdido na neblina fria da razão mas, o coração cobra seus dízimos e a esperança reina pacificando tudo acabando com a quase eterna solidão.
 
RAZÃO INCOERENTE DO AMOR
A distancia desfeita o feito é amor que se faz presente desfazendo o distanciamento no encontro de mais terna devoção de dois corpos duas mentes um único coração distante ainda esta você não em minha mente nem em minha emoção quando o amor se faz presente é fantasia impunemente desfocando a razão conto o tempo não da união das mentes mas sim dos nossos corpos em perfeita devassidão meu desejo se faz urgente venha a mim impunemente esquecendo os critérios da razão findando plenamente toda a minha solidão assim sigo a razão incoerente do amor de um mero artista torturado nas mais ternas emoções