A PAIXÂO de Wellington R Costa
A Paixão
O corpo inflama não por metáfora
Febre mensurável
Ardor, não simbólico, na paixão
Tudo renasce por um e-mail
O recomeço de meu desejo.
Recomeço?
Me perco de mim
Pensava estar mudado
que cinzas espalhadas
não eram mais chama ardente
vontade de ir ao longe
ao foco do desejo
Me perco de mim
Só não esta, eu imagino
arfo em ciúme indevido
quimera de Quixote
vencer o invencível
tangir o inatingível
tornar a paixão impossível
em plácido amor requerido
Me perco de mim
há mundanas necessidades
vontade de tudo jogar
fora sem alarde
ir a origem de meu desejo
Jogar novamente o jogo
amar e arder em desafogo
Me perco de mim
quadragenário arfante
mas mero pueril infante
que faz da quimera seu estandarte
tece poemas murmurantes
que arde, que é arte, que não parte
Me perco de mim
Deveria fugir
ao discreto chamado
Ares de indiferença assumir
Mas a paixão já renasce
Sorrio sem alarde
E me perco de mim
Entregue a paixão
de Wellington R. Costa
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