sexta-feira, outubro 19, 2007

Resposta e contraresposta Tropa de Elite merece aplauso tem um comentário novo.

    Desculpe não concordar em um ponto: muitos regimes fascistas tiveram o amplo apoio das classes trabalhadoras e tal pode ser comprovado historicamente. O fascismo se constrói na supervalorização centralista da extrema direita e se irmana como seu oposto que são as ditaduras de esquerda, a diferença entre ambos é que o primeiro se apóia em uma oligarquia e a segunda a um politiburgo, ambos extremos podem ter ou não o apoio popular na manutenção de seu poder.

    As condições favoráveis para a segunda guerra estavam não no fascismo e sim no imperialismo mercantil da primeira guerra, o fascismo nasceu como uma reação à miséria imposta pelos vencedores. A Classe operária alemã apoiou Hitler nos mesmo modo que a Classe operaria apoiou Lênin e seus expurgos... Claro que podemos endeusar a classe operaria, mas tal aqui e ali na historia da humanidade se irmanou com fascista e ditadores de esquerda... Exemplo vide a classe operaria norte americana que apóia significativamente o capitalismo e esta imersa em um sindicalismo corrupto ligado a Máfia, ou os tantos exemplos que vemos no Brasil de filhos da classe operaria que ao chegarem ao poder sedem aos apelos da corrupção para fins pessoais e para a tentativa de manutenção do poder obtido democraticamente.

    No cenário europeu os eua antes da segunda guerra mundial não era assim tão proeminente... Recorde-se da crise de 22 e da recessão que assolou os EUA.

    Não foram os capitalistas que afogaram os trabalhadores no sangue, foi uma estrutura centralizadora e expansionista no aspecto militar. O problema foi mais o militarismo expansionista alemão, japonês e italiano que desejam conquistar as áreas ocupadas pelos Eua no pacifico, Inglaterra e demais paises que ganharam muito com a primeira fase do capitalismo industrial... Analise a estrutura do império Britânico... a Alemanha pelas sanções da primeira guerra não pode se expandir correu atrás e bateu e frente com os interesses do império britânico... Lembre-se EUA ainda não era a grande potencia de hoje, não transporte à realidade atual para um cenário que era bem diferente.

    A prova da diferença é que EUA, a ex-URSS e China estavam do mesmo lado, ou seja, o baluarte do capitalismo em acordo com os baluartes das revoluções de esquerda.

    Não foi preciso muito para fazer os alemães de todas as classes pegarem em armas, as sanções sofridas na primeira guerra mundial foram o suficiente... lembrem-se os alemães projetavam a fome que sofreram as demais nações, o nazismo veio reequilibrar as coisas e foi extremamente funcional antes de partir para o expansionismo militar e mesmo neste caminho logrou vários êxitos.

    O mais escandaloso fato foi Lênin fazendo um pacto com Hitler para dividir a Polônia, ou seja, nesta guerra não houve santos em nenhum lado nem mesmo nas classes operarias e seus pretensos representantes.

    Tire o foco de sua analise no endeusamento do proletariado, pratique o distanciamento e leia todas as fontes históricas do período que verá que minhas alegações batem com os fatos.

    De qualquer modo o filme não é fascista mesmo.

    O filme mostra as coisas como elas são como a responsabilidade recai sobre todos até mesmo sobre as ongs e pretensos defensores dos direitos humanos que na verdade se analisarmos ,a miude, são agentes de manutenção deste estado de coisas.

    Todos ganharam muito com a Guerra ate a ex-URSS ganhou muitos territórios e manteve por décadas milhares como semi-escravos de um politiburgo centralizador, que hoje com a capitalização da Rússia e pulverização da ex-URSS esta sendo substituído por máfias encabeçadas por descendentes diretos de al politiburgo.

    Assustam-me tantos os porões da ditadura como os porões das esquerdas que alegavam combater a ditadura e hoje vemos que tal combate se revestia em alguns casos de uma busca pelo poder pessoal ou de um politiburgo que quer a qualquer custo se apoderar dos recursos do ESTADO e busca desesperadamente a sua manutenção no poder.

    a maioria não paga nem mais que R$ 3,50 em alguns lugares de sampa. E a febre continua e o filme ainda é campeão de venda em toda a parte.

    O povo esta começando a apoiar os nascimentos, o perigo é que surja um Nascimento político que de ao povo o que às direitas, centros e esquerdas não estão fornecendo, um Hitler ou Stalin brasileiro... O povo vê sempre muito discurso, muita corrupção e pouco resultado pratico em sua vida, mesmo o bolsa família por muitos do povo é encarado como uma esmola de pouco valor que é direcionada para a manutenção de votos de certas novas elites... em uma política que muito se assemelha a pão e circo... o circo é a TV e o pão a bolsa família...(sem duvida uma política semelhante à romana, mas os novos gladiadores são as pms subindo o morro e matando bandidos e isso sendo mostrado a todos)...

    Ai que esta a questão , o captam nascimento é povo tbm... Tropa de elite trás os pms que morrem em confrontos com bandidos para sua esfera humana esfera esta que foi muito negada pelas esquerdas e os ranços de luta contra a ditadura na qual pms eram os inimigos... o povo esta aprendendo a confiar  mais na PM que nos bandidos, bandidos tentam assaltar, pegar os filhos do povo para que eles sejam aviões e portem armas e morra na linha de frente, a pm corrupta ou não esta na linha de frente contra o domínio da barbárie. Quem do povo gosta de estar sob o julgo de traficantes? quem diz que gosta é a classe media que comunga com pretensos discursos de uma parcela da esquerda. Traficante e bandido não é povo é sim uma elite que mantém seu poder com o dinheiro das drogas e pelas armas... a nova elite de origem mista, pois em parte é de cada classe social... alguns filhos da classe media que ganham com a venda de drogas, os da classe alta e os oriundos do povo que acenderam rapidamente pelas vastas quantias de dinheiro que obtém explorando os viciados de todas as idades.

    O povo delira ao ver o riquinho apanhando e sendo preso... pois sabe que pelo consumo dele de drogas é que faz com que os filhos do povo queiram entrar no trafico de drogas... o povo esta sitiado.. de um lado políticos que desejam a manutenção do status quo, pois ganham com isso (direitas e esquerdas) e do outro só traficantes e os policiais corruptos.

    O Padilha não faz apologia nenhuma ele apenas mostra a realidade... As coisas são como são mostradas no filme.. isso não são apologia e desvendamento da verdade, mostrar que o mundo não é só branco e preto como muitos desejam pintar... è tão raro termos acesso à verdade plena sem mascaras e só vermos facções fazendo apologia disso ou daquilo que nos é difícil considerar um libelo neutro que apenas demonstre como as coisas são.

    Não há ilusão alguma de justiça na minha ótica a apenas a demonstração do real estado da guerra e de todos que ganham com ela... Não há heróis em tropa de elite... há pessoas fazendo o que acreditam, há os que estão enriquecendo com a corrupção... Justiça seria feita se o político fosse preso, se a alta cúpula corrupta fosse presa e todos os criminosos presos, julgados e sentenciados incluindo os da classe media.

    Não é só o estado que é cúmplice as ongs tbm... Cada voz que se levanta quando a policia entrar em um tiroteio com criminosos coloca os criminosos como sendo um coitadinho... nesta guerra os únicos inocentes são o povo, a classe média e alguns poucos da classe alta que não ganham com a criminalidade e estão expostos no fogo cruzado... Isso mesmo há vitimas ate nas altas classes...Não podemos endeusar o povo do mesmo modo que os românticos endeusavam um mito do Bom selvagem puro de coração... afinal e conta havia selvagens canibais extremamente violentos e pérfidos... Se fosse verdade que a exclusão social gera a violência, todos os excluídos seriam violentos, o que não é verdade, há muitos excluídos descentes que não seguem para a marginalidade estes sim devem ser protegidos e amparados e não os que comungam pelas cartilhas da violência.

    Se a elite como vc disse não gosta de "preto" como o substituto do Nascimento era negro? Repare bem no tom da pele do ator, não era um nórdico... Pelos salários que eles recebem se eles não gostassem de pobre não gostariam de si próprios... ou acha que o copo que nascimento usa e vc menciona era símbolo de status elevado? Não entre nesta paranóia pós-ditadura... A policia não mais esta a serviço da ditadura esta a serviço de um Estado democrático corrupto que agrega facções de todas as correntes políticas em tal corrupção. O risco maior para o povo não é ter um revolver em sua cabeça e sim estar no fogo cruzado, mas tal risco já é também de toda a classe media e uma pequena parcela da alta que mesmo investindo pesado em milícias de seguranças particular fica exposta à violência.

    A violência em uma guerra não vê classe social, a mesma bala que mata um pobre trabalhador pode matar um rico explorador... a diferença é que o rico tem mais recursos para diminuir seus riscos perante tal guerra imunda... Guerra esta que acabaria simplesmente se liberando o uso das drogas... mas ninguém fará isso, pois todos lucram com este estado de coisas, direitas e esquerdas, ongs, políticos, igrejas, etc.

    Nota que a elite, a classe media e a baixa paga elevados impostos e vêem programas e mais programas sociais sendo implantados e nada esta modificando a violência que só avança... não é só a elite que esta cansada, todos estão cansados dos discursos que nada mudam, da defesa dos criminosos, do desvio de nossos impostos...

isso tudo cansa... terreno fértil para um novo Hitler ou Lênin populista que chegue ao poder democraticamente e instaure uma ditadura armada que seja inicialmente apoiada pela classe media e trabalhadora... ai sim há o perigo... Note que tal "messias" pode ser tanto da direita como da esquerda... ditadura é ditadura e não uma mera prerrogativa da direita apenas.

   

    Wellington

    Artista plástico e jornalista semi desempregado (afinal de contas sou editor de um jornal que não têm anunciantes :) )

 

   
   
 
   
   
   
 
   
 
----- Original Message -----
From: Joffe
Sent: Thursday, October 18, 2007 4:22 PM
Subject: [Jornal Virtual das Artes] Tropa de Elite merece aplauso tem um comentário novo.

Joffe deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Tropa de Elite merece aplauso ":

Fascista, não!

Está certo. O Padilha e o Wagner Moura têm razão de estar chateados com essa história de serem chamados de fascistas. Isso foi uma grande injustiça. O filme não é fascista. De jeito nenhum. Só quem ignora completamente o que foi o fascismo poderia fazer tal confusão.

O fascismo significa, antes de tudo, uma contra-ofensiva militar das classes dominantes contra os trabalhadores e seus aliados: as nacionalidades, etnias e culturas oprimidas.

A ascensão de Mussolini, Hitler ou Franco significava simplesmente uma reviravolta tática dos setores desfavorecidos do imperialismo europeu visando quebrar a coluna vertebral do proletariado de seus países, preparando assim circunstâncias favoráveis para a deflagração da Segunda Guerra Mundial.

Hitler necessitava subjugar a classe operária alemã, expurgar a tradição socialista do movimento operário mais bem organizado do mundo, difundir o ódio racial, preconceitos étnicos, disseminar o terror, promover o holocausto…

Para quê? Para que a indústria alemã pudesse escoar suas mercadorias para o mundo semicolonial e para os mercados europeus, dominados pelos imperialismos "democráticos": EUA,
Inglaterra e França.

Para que a técnica e a cultura mais desenvolvidas da Europa pudessem encontrar expressão no mundo dominado segundo a partilha feita na Primeira Guerra Mundial, Hitler necessitou converter os trabalhadores alemães em uma máquina de guerra.

A dominação econômica dos mercados consumidores e das fontes de matéria-prima "alheios"
requeria sua prévia dominação militar. Para isso, era preciso convencer a nação alemã a entrar numa guerra infernal, a sacrificar-se de corpo e alma numa guerra insana, a aceitar sua completa desumanização, a crer em sua superioridade racial, ou em qualquer outro tipo de superioridade (a ideologia racial foi apenas uma variante). Não foi fácil. Custou dez anos de esforços estatais intensivos, propaganda, terror, persuasão. Custou a reintrodução do trabalho escravo e o extermínio de milhões de seres humanos em campos de concentração.

Isso era o fascismo, na sua forma mais decidida e resoluta: o nazismo.

Quando as circunstâncias tornaram-se favoráveis, os capitais bancários e industriais alemães decidiram afogar a Europa no sangue das suas classes trabalhadoras. E conseguiram. E ganharam muito dinheiro com isso, sem dúvida. A Wolkswagen, BMW, Siemens, Basf, Bayer, Bosh, entre outras, testemunham.

Isso era o fascismo.

Coitado do Padilha.

É possível que ele tenha alguma coisa a ver com essa história? Claro que não!

Mesmo o fascismo terceiro-mundista, caricatura militar e econômica, naturalmente, do europeu, não poderia ser associado com a temática abordada em "Tropa de Elite". As ditaduras militares latino-americanas visavam frear a onda de revoluções de libertação nacional que abalou o mundo semicolonial do pós-Segunda Guerra, ao mesmo tempo que ofereciam resistência ao ascenso continental urbano favorecido pelo triunfo da revolução socialista em Cuba. É verdade que o BOPE foi instituído pela ditadura. Também é verdade que, naquela época, ele não tinha nada a ver com o suposto "combate ao narcotráfico". Suas funções eram muito menos "nobres". Mas, atualmente, o BOPE tem pouca coisa a ver com os "porões da ditadura".

O filme não é fascista. Tampouco é justo dizer que faça apologia da tortura. Ele simplesmente mostra que a tortura existe, e que ela é sistematicamente usada pelas forças de coerção estatais, isto é, a tortura continua sendo um método sistemático adotado pelas forças policiais no Brasil. Outra coisa que o filme mostra é que, no Brasil, a pena de morte existe. Caveira! Morreu. Já eras. Execução sumária. Tiro na cara. Sem julgamento, sem direitos, sem nada. Pena de morte. Isso existe no Brasil. E foi isso que o filme do Padilha mostrou. No Brasil, a pena de morte e a tortura são métodos sistemáticos e preferenciais usados pelas forças de repressão do Estado.

Mas o Padilha não faz apologia da tortura? Claro que não. O Padilha faz apologia da justiça, isso sim.

Qual a razão do sucesso de "Tropa de Elite"? Muito simples: as pessoas ficam felizes por ver um pouco de justiça, mesmo que seja falsamente retratada. O Capitão Nascimento, do modo como foi retratado, é um justo. E os brasileiros são justos. Os brasileiros adoraram o Capitão Nascimento. O Capitão Nascimento faz justiça num país sem justiça, onde os dirigentes da nação são porcos corruptos, onde todas as instituições do Estado estão podres e corrompidas.

O Capitão Nascimento mata e tortura. Mas, aos olhos do povo sofrido, acuado pelas privações, pela fome, pelos indizíveis sofrimentos, isso é justiça. Matar vagabundo, matar traficante. Caveira! Pega ele, Capitão Nascimento!

O trabalhador brasileiro trabalha 44 horas semanais em penosas condições. Ganha salário mínimo. O filho é drogado. A esposa, doméstica. A filha, desempregada. O trabalhador brasileiro sofre. Então, vem o Capitão Nascimento e diz: "A polícia é corrupta. A polícia é sócia do narcotráfico. Não tem solução. Tem que matar. Caveira!"

E o trabalhador brasileiro fica imensamente comovido! Porque, além de tudo, o Capitão Nascimento toma água num copinho americano. E a mulher dele esquenta água para o café numa humilde panelinha. O trabalhador brasileiro tem pena do Capitão Nascimento, porque o Capitão Nascimento também sofre. Ele também é explorado e humilhado no serviço! Ele também passa privações, sofrimentos, angústias. O Capitão Nascimento tem até problema de família, igual ao trabalhador brasileiro!

Aos olhos do povo, o suposto batalhão incorruptível de justiceiros humildes e bem intencionados representou um alívio. Viram? Existem pessoas justas nesse país. Existem pessoas como nós, que fazem das tripas coração. Que dão o sangue e o suor num trabalho honesto. Que são justas. O Capitão Nascimento é um justo, um sofredor. Um brasileiro. Por isso nós gostamos dele. Pega ele, Capitão Nascimento! Pega ele!

Essa é a receita do sucesso. Além, é claro, do preço: só custou R$ 5,00. Para a maioria, oportunidade única de ver um filme assim, em primeira mão, ou, se preferirmos, de mão em mão.

Não se trata de fascismo, de maneira alguma.

Mas de um falso retrato da justiça, encomendado por um Estado corrupto, podre, incapaz.

O Padilha fez o que a Secretaria de Segurança Pública do Rio e a Rede Globo jamais fariam: criou a ilusão de justiça, criou a ilusão de honestidade.

Agora, o povo pobre, humilde e espoliado das favelas do Rio será vítima do terror, dos bárbaros assassinatos, das balas de fuzil perdidas, das torturas, das humilhações; porém, na TV, no Jornal Nacional, os assassinos torturadores serão reverenciados! A opinião pública será favorável ao terror!

Quando o Caveirão, o blindado assassino do BOPE, entrar nas favelas atirando nos miseráveis, nos desvalidos, atirando nos herdeiros da escravidão, a classe média gritará "Caveira!" em seus lares confortáveis.

Além disso, o Estado não tem mais nada a ver com o narcotráfico. Não são os juízes, promotores, deputados, senadores, prefeitos, governadores, delegados os responsáveis pela proliferação do narcotráfico. O Estado não é mais cúmplice da indústria das drogas. A partir de agora, os cúmplices do narcotráfico são… os filhinhos de papai da classe média, que fumam
maconha e cheiram cocaína! Bate neles, Capitão Nascimento! Surra eles! Eles financiam o tráfico! As multinacionais, os grandes bancos, os acionistas das grandes indústrias, os sócios da "multinacional do pó" não têm nada a ver com o tráfico! A culpa é dos maconheiros! Pega ele! Caveira nele! Caveira nele, Capitão Nascimento!

Quando, finalmente, as armas do BOPE forem apontadas para a cabeça do trabalhador brasileiro, acuado num bequinho da favela, não adiantará clamar por piedade. "Piedade, Capitão Nascimento! Não mata, por favor, tenho filhos pequenos, sou trabalhador, honesto.
Sou preto porque nasci preto, sou pobre porque nasci pobre! Mata, não, Capitão Nascimento! Mata, não!"

Não adiantará.

O Capitão Nascimento é apenas uma marionete numa Tropa da Elite. A Elite mata. A Elite quer matar. A Elite não gosta de "preto". A Elite não gosta de pobre. Pouco importa que sejam trabalhadores ou traficantes. Pouco importa. A Elite quer gozar o seu Paraíso Tropical. A Elite cansou de ser açoitada nos semáforos. A Elite não quer mais ser ameaçada por assaltantes por causa de relógios. A Elite cansou de levar bala na cabeça em seus veículos blindados. A Elite está cansada e horrorizada com a proliferação da miséria e da violência.

Olho, trabalhador brasileiro!

A Tropa da Elite vem aí. E vai pegar você.

Aí vem tortura e pena de morte.

Olho, trabalhador brasileiro!

O Capitão Nascimento não existe.

Na vida real, eles vão matar você, não o traficante rico.

Olho, trabalhador brasileiro!

***

José Luís dos Santos
São Paulo, outubro de 2007